A luta contra o fechamento de escolas deve ser estadual

No mês de julho, o Governo do Estado de Santa Catarina anunciou o fechamento de três escolas na regional de Joinville: a E.E.B Maestro Francisco Manoel da Silva, a Escola Dr. Ruben Roberto Schmidlin e a E.E.B. Prefeito Higino Aguiar (municipalizada). Além disso, o governo também pretende municipalizar a E.E.B. David Espíndola, em Barra Velha, em 2018.

Mesmo com a abertura de duas novas escolas, o remanejamento das unidades fechadas provocará uma superlotação, já que não há ampliação de vagas para a demanda crescente da população. Além disso, várias escolas e turmas foram fechadas nos últimos anos: E.E.B. Prof. Nicola Baptista, E.B.B. Eladir Skibinski, E.E.B Elpídio Barbosa, E.E.B. Conselheiro Mafra, E.E.F. Rui Barbosa, E.E.B. Monsenhor Sebastião Scarzello, entre outras.

A regional de Joinville do Sinte esteve ao lado da comunidade, reunindo estudantes, pais e professores afetados, dialogando com toda a base da região de Joinville e explicando os efeitos destas medidas do governo: precarização do ensino, evasão escolar e maior desgaste dos trabalhadores em educação. O Sinte/Joinville também esteve presente nas assembleias das escolas, nas panfletagens nos bairros e nas reuniões com os representantes da GERED.

A regional, ademais, solicitou apoio financeiro e político à estadual do Sinte contra o fechamento de escolas, não só para Joinville, mas em todo o estado. O pedido de ajuda veio da necessidade de ampliarmos a nossa luta, com inserções na TV e nas rádios, panfletos, cartazes, outdoor, realizando uma campanha para que toda a cidade soubesse dos ataques do governo. Porém, a direção estadual do SINTE, como resposta à solicitação de apoio, lançou apenas duas notas no Facebook (https://goo.gl/7W935d e https://goo.gl/NLrCZ3).

Mesmo com os vários ataques do governo à educação, o que vemos por parte da direção estadual é uma imobilidade política, que ficou explícita após o cancelamento da assembleia estadual marcada para dia 28 de abril, e que até agora não foi justificada ou remarcada.
Como aconteceu com a Lei da Mordaça – projeto derrubado regionalmente, mas que volta a assombrar a educação, desta vez no estado – a regional de Joinville não recebeu nenhum apoio da direção estadual.

É necessário organizar as comunidades contra o fechamento de escolas, aumentar a publicidade contra os ataques, colocar a população ao lado dos professores contra a destruição da educação pública e, principalmente, organizar os trabalhadores em educação pela base, de forma ampla, com uma assembleia estadual urgente.





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